sábado, 21 de abril de 2012

Amigos


No outro dia tive uma conversa com uma colega minha e apercebi-me que o conceito de amigo para ela é bem diferente do que normalmente todos nós o definimos. Ela diz que não tem amigos. Que tem pessoas com que simpatiza, com quem se dá bem. Tem conhecidos. Amigos? Não tem.
Um amigo verdadeiro conhece tudo a respeito do outro. Está lá nos bons e nos maus momentos. Apoia sem pensar duas vezes. Nunca vira as costas ao outro. Sabe tudo o que há a saber. Consegue saber o que o outro está a pensar sem ser necessária uma única palavra. Reconhece que algo está errado mesmo quando o amigo diz que está tudo bem. Isto é um amigo verdadeiro, segundo ela.
Estas frases deixaram-me a pensar, não porque não pense o mesmo, mas porque me surgiram algumas questões...
Tenho amigos? Quantas pessoas neste mundo conhecem todos os meus segredos? Quantas vezes fui 'queimada' por pessoas que se classificavam como minhas amigas? Quantas pessoas me viraram as costas quando estava em dificuldades?
Então será verdade dizer que afinal não tenho assim tantos amigos como penso? (mesmo assim não tinha muitos) Será que aquilo que tenho vindo a classificar como amizade não passa de simpatia mútua que agrada a ambas as partes mas que um dia mais tarde pode deixar de existir? Segundo esta lógica parece que sim.
Mas apesar de tudo é sempre possível encontrar pessoas em quem podemos depositar uma amizade genuína recolher outra. Eu tenho sido capaz, mas é necessário tratar essas pessoas principalmente com muito respeito (que é o que faz falta hoje em dia). É nestas bases que se constrói as amizades para a vida. E obrigada aos meus. 



1 comentário:

  1. concordo com a tua amiga. As pessoas banalizam as palavras e é preciso ter cuidado com o que chamamos a cada um. Claro que chamo as pessoas de "amigos" mas no fundo, no fundo, eu sei quem é para ficar e quem é passageiro :)

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